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domingo, 4 de novembro de 2012

Recordar

 
Olhando para esta foto tenho que relembrar as muitas horas de "trabalho" e de convívio que tive com o Guilhermer Gouveia, já falecido, nesta foto, está no meio. Foram muitos dias, muitos meses a conviver lado a lado, porta com porta entre o Centro Cripto e a Sala das Operações e Informações. Sabemos bem que a vida não para, mas olhando para estas fotos, não podemos nunca deixar de pensar, quão jovenms nós eramos e todo o tempo inglório que das nossas vidas por lá deixamos disperso nas matas de Angola, apenas serviu para nos tornar a vida mais dificil, complicada e atrasando o nosso futro de então.  Gouveia, era meu conterrâneo da Cova da Piedade e faleceu ainda muito jovem. Cantava o fado e sempre teve este ar de muito jovem, tinha um andar e um modo de falar muito próprio, era simpático e gaguejava um pouco. Creio que foi por sua culpa que não mais pude cheirar sequer uma bebida horrorosa a que chamam Martini - no dia do seu aniversário, fizemos uma pequena festa acompanhada de 7UP e Martini e nesse dia, bebi mais Martini que 7UP. No dia seguinte, fiquei com a boca a "saber a papéis de música" e com a certeza de que não beberia mais aquele produto quimico. E assim foi até hoje. São recordações em manhã de Domingo, chuvoso, triste, como muitos daqueles que por lá tivemos que passar.
Estou a aguardar que chegue o MVL a caminho de SSalvador, porque hoje  é  Domingo. 
Um abraço aos que nos visitarem

sábado, 3 de novembro de 2012

O MVL e a guerra

A guerra nunca tem  Sábados, feriados ou Domingos de descanso.
Ao Domingo, passava por Zau Évua o MVL e com ele vinham mantimentos, materiais e equipamentos, pois era por esta forma que as unidades militares e os civis eram abastecidos, com excepção de alguns fornecimentos e correio que chegavam por avião.
Era uma pequena festa, ver a entrada de algumas camionetas no aquartelamento carregadas de grades de cerveja e de outras bebidas e viveres.
Para alem disso, sempre se procurava se  algum conhecido ou amigo ia de viagem mais para o norte, Quiende e São Salvador.
As escoltas eram feitas pelo pessoal do batalhão, mas de outras companhias que faziam a entrega do MVL no aquartelamento seguinte de que depois voltavam para trás, para o seu e também se aproveitavam estes momentos para a confraternização com os elementos da escolta, pois só nestas alturas se podiam encontrar.
A escolta e o MVL tinha a sua "guerra" própria, com a sua passagem em dias da semana sempre iguais e sempre de igual modo.
A guerra propriamente sendo também igual, tinha a variante ser sempre diferente em cada dia da semana, não importante se era ou não Domingo ou feriado.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Pos-Stress Traumático

Ao cuidado dos muitos nque passaram pela Guerra de África

"A Perturbação Pós-Stress Traumático (PPST) é um problema de ansiedade que surge, como o próprio nome indica, depois de uma pessoa ter sido exposta a um acontecimento que constituiu um trauma psicológico.

Se já foi exposto a um acontecimento que constitui um trauma psicológico é possível que tenha desenvolvido um problema de ansiedade relacionado com essa situação. Habitualmente, trata-se de um acontecimento que foi uma ameaça à sua segurança ou à sua vida, em que terá sentido medo, desespero, falta de ajuda ou horror intenso.

Para que se torne mais claro para si damos-lhe alguns exemplos de acontecimentos traumáticos:

  • Provocados por seres humanos: assalto, violação, abuso, tortura, guerra;
  • Provocados por acidentes: automóveis e transportes em geral, trabalho;
  • Provocados por fenómenos da natureza: incêndios, inundações, tempestades, terramotos.

O que os estudos da comunidade científica nos informam é que o número de pessoas a sofrerem desta perturbação ronda os 8% nos Estados Unidos da América. Existem, mesmo, alguns autores que começam em falar em proporções assustadoramente superiores. Embora gostássemos de lhe dar números sobre a realidade portuguesa, actualmente, ainda não existe informação quanto à prevalência na população em geral nos outros países.

Um factor que deverá ter em conta para a compreensão desta perturbação é que ela muitas vezes manifesta-se sem que todos os critérios de diagnóstico estejam preenchidos. Dá-se a esta configuração o nome de PPST sub-clínico e, embora possa passar despercebida, origina igual sofrimento à vítima do trauma. A PPST pode ocorrer em qualquer idade, porque podemos sempre estar sujeitos a um acontecimento traumático. Se este é o seu caso, a memória de um acontecimento traumático poderá ter começado a condicionar, em larga medida, o seu pensamento e desde então, é como se lhe tivesse sido retirado o significado da sua vida.

Falar de PPST significa ter de falar sobre trauma e, portanto, convém apresentar alguns esclarecimentos importantes:

  1. Nem todas as pessoas que passam por uma situação traumática desenvolvem PPST. As reacções a acontecimentos potencialmente traumáticos são diferentes de pessoa para pessoa, por isso, entre pessoas expostas a um mesmo acontecimento uma parte pode senti-lo como traumático e outra parte não o faz. Isto acontece porque um aspecto determinante do desenvolvimento da perturbação se relaciona com a avaliação, o significado e o impacto que o acontecimento traumático tem para passou por ele. No entanto, e apesar da recente investigação neste sentido, ainda não existem conclusões definitivas sobre aquilo que pode ser um elemento diferenciador entre essas pessoas.
  2. A vivência de situações traumáticas pode estar na origem de outras disfunções psicológicas, algumas potencialmente mais complexas e graves, pelo que, no caso de se rever nalguns sintomas de PPST, convém sempre passar por um diagnóstico efectuado por um psicólogo/psiquiatra qualificado, que possa determinar o que se passa consigo.
  3. Acontece, a algumas pessoas, passar pela sintomatologia de PPST, e conseguirem resolvê-la sozinhas. No entanto, e como não há forma de saber se será esse o seu caso, se está em sofrimento é aconselhável pedir ajuda rapidamente, já que existem intervenções eficazes para resolver esta disfunção.
  4. Actualmente, muitos autores defendem a existência de traumas de "t" pequeno, para chamar a atenção para um facto que a maior parte dos psicólogos conhece da sua prática clínica: não é preciso estar envolvido numa situação de catástrofe ou perigo de vida para se vivenciar algo como traumático. Basta que, de alguma forma e por qualquer motivo, o nosso organismo nos tenha entendido impossibilitados ou incapazes para lidar com uma dada situação. Se pensarmos bem, a nossa infância e adolescência é pródiga de situações assim: simplesmente não temos os recursos adequados para fazer face a algumas coisas que nos acontecem, ainda que, quando olhadas com os olhos de um adulto, elas surjam como bastante triviais. Dificilmente os traumas de "t" pequeno darão origem a uma patologia da ansiedade como a perturbação do pós-stress traumático, mas deixam a sua marca, por vezes significativamente desconfortável, e outras, moldando-nos de forma indelével em vivências desajustadas ou que nos desagradam. Também estas reacções a traumas de "t" pequeno podem e devem ser trabalhadas em contexto psicoterapêutico, sendo, frequentemente, resolvidos com recurso às mesmas técnicas que se utilizam para resolver as situações de PPST.Se sofre de memórias intrusivas (contra a sua vontade) e recorrentes do acontecimento, sentindo que este está a ocorrer novamente (sensação de reviver o trauma), normalmente designados flashbacks, se tem sonhos muito perturbadores que podem conduzir a insónias graves, se está muito vigilante com o corpo muito agitado, se evita situações, pessoas ou conversas que lhe façam recordar o trauma, é muito importante que procure ajuda para diminuir o seu sofrimento.  ( oficinadepsicologia.com  )

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Madruga e o capelão

O capelão, o Madruga e...

Jose Niza e o livro Golden gate

"Para que servem as apresentações de livros? Esta foi a interrogação lançada pelo cantor Manuel Freire colocado perante a tarefa de apresentar em Santarém, ao fim da tarde de quinta-feira, 25 de Outubro,

"Golden Gate - um quase diário de guerra", o novo livro de José Niza, poeta, escritor, músico, compositor, político, autarca, psiquiatra e figura maior da cidade, falecido em Setembro de 2011, foi apresentado esta quinta-feira em Santarém. A sessão esteve a cargo de Manuel freire, cantor de "Pedra Filosofal", que despertou o interesse do potencial leitor e arrancou com frequência sorrisos à plateia que assistiu na livraria Leya na Caminho.

O livro é baseado nas centenas de cartas que José Niza escreveu à esposa quando se encontrava na guerra colonial em Angola, entre 1969 e 1971, onde era médico de um batalhão. Nele se encontram pormenores muito pessoais que ajudam a conhecer a personalidade de José Niza, como por exemplo a sua aversão à moda feminina das calças e das maxi-saias no início dos anos 70, como notou com humor Manuel Freire. "O Zé era um adepto da mulher com a perna à mostra".

Mais a sério, Manuel Freire elogiou a coragem de José Niza e da sua família directa, mulher e filhos, em expor em letra de forma uma fase da sua vida privada. "Um livro baseado nas cartas de amor que trocou com a mulher durante dois anos e tal é uma atitude corajosa", disse o apresentador, definindo-o como um livro de amor recheado de episódios satíricos e surreais vividos naquela "guerra de opereta".

Os direitos do livro foram doados pela família de José Niza à Associação dos Deficientes das Forças Armadas. A viúva de José Niza, Maria Isabel Mota, visivelmente emocionada, agradeceu a todos os que possibilitaram a edição do livro, bem como a sua apresentação em Santarém, destacando o papel de Manuel Alegre por ter conseguido interessar a editora por aquele projecto literário." in ( O Mirante)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Zau Évua

Ganganeli ( enfermeiro), Barrento (Pelrec) e Salvado, já falecido (PelRec), no descanso, numas belas "poltronas feitas de aduelas de barris de vinho, ao mais moderno estilo zaueviano

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Golden gate- Um quase diário de Guerra

Tenho o livro de José Niza lido, como o faço com os livros de poesia, abrindo-o numa qualquer página e a partir daí, para a frente ou para trás.
Para além da curiosidade de saber o que se passou por aquelas terras do fim do mundo, sob o pont...
o de vista e da experiência do médico, ficou-me tambem o interesse de saber o muito que José Niza analisou sob a sua experiência em terras de Angola ao sabor da sua profissão - médico.
Mias para diante, voltarei paratecer algumas considerações sobre algumas das passagens do livro e do seu estilo de escrita.
Um livro para ler e pensar sobre o que se passava naquela "guerra", as fruatações, os traumas, as doenças fisicas e mentais. Voltarei ao assunto num dia destes.

"A obra “Golden Gate – Um quase diário de guerra”, de José Niza, é “um livro de memórias” de uma guerra colonial que “aconteceu durante 13 anos”, escreve no prefácio o compositor residente em Santarém falecido em 23 de Setembro de 2011.O livro agora editado resulta da correspondência diária que manteve com a mulher durante o período em que esteve “naquele mato de Angola, húmido e quente”, no aquartelamento de Zau Évua, entre 1969 e 1971.


José Niza fora destacado para o contexto da guerra no Norte de Angola como médico. “Uma guerra onde o médico e o capelão eram os terapeutas do espírito mais ou menos primário e sempre psicologicamente descompensado, daqueles mancebos que, por exclusivas razões de idade, foram incumbidos de defender a Pátria contra o fluir da História”. Segundo afirma, “na consulta havia sempre mais gente que na missa”, a única excepção era a missa de Natal.

Das cartas enviadas à mulher, foram retirados extractos que são apresentados nesta obra como páginas de um suposto diário. A 17 de Julho de 1969 Niza escreveu: “Chegou cá a notícia de que o Salazar está muito mal, que está mesmo a morrer. Aliás, ele já morreu há dois anos. A certidão de óbito é que está atrasada”.

Noutro passo, com data de 10 de Dezembro de 1970, dá conta dos presentes de Natal que os militares ali destacados receberam, enviados pelo Movimento Nacional Feminino (MNF): “Um pacote de amêndoas, o que dará uma por cada soldado; meia dúzia de lâminas de barbear; o que dará uma lâmina por cada caserna; e ainda meia dúzia de pastas de dentes, o que só dará para os desdentados”.

“Apeteceu-me escrever à Cilinha [Cecília Supico Pinto, líder do MNF] a agradecer a amêndoa que me coube. E, como deixei crescer a barba, vou oferecer a minha parte da lâmina a quem necessitar”.

Há também excertos mais íntimos, e até confessionais, como a que escreveu a 6 Julho de 1970, dirigindo-se à mulher: “Gostar de ti é uma vocação, um modo de vida, uma ocupação permanente, uma invenção de sonhos, uma antecipação do tempo que há-de vir. Estás presente. Amo-te em full time”.

José Niza, autor de temas como “E depois do adeus”, foi médico psiquiatra, compositor e deputado e autarca do Partido Socialista em Santarém, onde durante dois mandatos presidiu à assembleia municipal. Residia em Perofilho, nos arredores de Santarém.

Como músico trabalhou com Janita Salomé, Tonicha, Paulo de Carvalho, Simone de Oliveira e Carlos do Carmo, entre muitos outros, tendo, como autor, vencido quatro festivais RTP da Canção."
In "O Mirante" - http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao&id=53865&idSeccao=422&Action=noticia

Zau Évua - uma das equipas de futebol


Uma das poucas fotos onde se vê o Cmdt do Batalhão quando da chegada a Angola.
 Em pé: Alfama, Manteigas, Coelho, CMDT, Pires, ?, Lopes.
Outros: ?, ?, ?, Jose Almeida e Ribeiro

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Golden Gate - Jose Niza

"A obra "Golden Gate – Um quase diário de guerra", de José Niza, é "um livro de memórias" de uma guerra colonial que "aconteceu durante 13 anos", escreve no prefácio o compositor residente em Santarém falecido em 23 de Setembro de 2011.O livro agora editado resulta da correspondência diária que manteve com a mulher durante o período em que esteve "naquele mato de Angola, húmido e quente", no aquartelamento de Zau Évua, entre 1969 e 1971. 
 José Niza fora destacado para o contexto da guerra no Norte de Angola como médico. "Uma guerra onde o médico e o capelão eram os terapeutas do espírito mais ou menos primário e sempre psicologicamente descompensado, daqueles mancebos que, por exclusivas razões de idade, foram incumbidos de defender a Pátria contra o fluir da História". Segundo afirma, "na consulta havia sempre mais gente que na missa", a única excepção era a missa de Natal.
  Das cartas enviadas à mulher, foram retirados extractos que são apresentados nesta obra como páginas de um suposto diário. A 17 de Julho de 1969 Niza escreveu: "Chegou cá a notícia de que o Salazar está muito mal, que está mesmo a morrer. Aliás, ele já morreu há dois anos. A certidão de óbito é que está atrasada".
 Noutro passo, com data de 10 de Dezembro de 1970, dá conta dos presentes de Natal que os militares ali destacados receberam, enviados pelo Movimento Nacional Feminino (MNF): "Um pacote de amêndoas, o que dará uma por cada soldado; meia dúzia de lâminas de barbear; o que dará uma lâmina por cada caserna; e ainda meia dúzia de pastas de dentes, o que só dará para os desdentados".
  "Apeteceu-me escrever à Cilinha [Cecília Supico Pinto, líder do MNF] a agradecer a amêndoa que me coube. E, como deixei crescer a barba, vou oferecer a minha parte da lâmina a quem necessitar".
  Há também excertos mais íntimos, e até confessionais, como a que escreveu a 6 Julho de 1970, dirigindo-se à mulher: "Gostar de ti é uma vocação, um modo de vida, uma ocupação permanente, uma invenção de sonhos, uma antecipação do tempo que há-de vir. Estás presente. Amo-te em full time".
José Niza, autor de temas como "E depois do adeus", foi médico psiquiatra, compositor e deputado e autarca do Partido Socialista em Santarém, onde durante dois mandatos presidiu à assembleia municipal. Residia em Perofilho, nos arredores de Santarém.
  Como músico trabalhou com Janita Salomé, Tonicha, Paulo de Carvalho, Simone de Oliveira e Carlos do Carmo, entre muitos outros, tendo, como autor, vencido quatro festivais RTP da Canção."
In "O Mirante" - http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao&id=53865&idSeccao=422&Action=noticia
 
Brás Gonçalves escreveu
  • "Tenho o livro de José Niza lido, como o faço com os livros de poesia, abrindo-o numa qualquer página e a partir daí, para a frente ou para trás.
Para além da curiosidade de saber o que se passou por aquelas terras do fim do mundo, sob o ponto de vista e da experiência do médico, ficou-me também o interesse de saber o muito que José Niza analisou sob a sua experiência em terras de Angola ao sabor da...
sua profissão - médico.
Mias para diante, voltarei para tecer algumas considerações sobre algumas das passagens do livro e do seu estilo de escrita.
Um livro para ler e pensar sobre o que se passava naquela "guerra", as frustações, os traumas, as doenças físicas e mentais. Voltarei ao assunto num dia destes."
 
Barbosa Antonio  escreveu
  • ESTIVE HOJE, PELA SEGUNDA VÊS A LER UM POUCO DO LIVRO NA FNAC NORTE CHOPING. PENSO TRATAR-SE MAIS DE UM LIVRO QUE NARRA HISTORIAS PESSOAIS E CONTANDO APENAS O QUE COM ELE SE PASSOU. NA 2543 ACONTECERAM DRAMAS QUE PELOS VISTOS ELE NEM TÃO POUCO TEVE CONHECIMENTO, ENTRE OS QUAIS MORREU UM NOSSO COLEGA NO DIA 25/07/ 1971, QUASE NA NOSSA PARTIDA PARA LUANDA. COMO ELE ESTAVA EM ZAU ÉVUA PROVAVELMENTE NÃO SOUBE.No livro, José Niza escreve as dificuldades que teve em Zau Evua salientando tambem os mosquitos como nosso grande inimigo. É evidente que tambem eram grandes inimigos, mas recordo que o ano em que lá estivemos em conjunto com a C C S, o numero de colegas com doenças, em relação ao quiende era muito reduzido. O maior problema era o isolamento total da população, mas era um local com muito menos trabalho que o Quiende que para lá de termos tambem uma area do tamanho do Algarve a defender, tinhamos de o fazer apenas com 3 plutões porque o 4º plutão estava destacado num outro local sob o comando do Alferes Albernaz. O Quiende era um local com mosquitos portadores do paludismo em grande escala que quase toda a companhia foi vítima e muitos camaradas, assim como eu, estivemos doentes mais que uma vez. Por via disso tive de estar internado no Hospital de Ambrizete.Ainda falando sobre o livro, Jose Niza escreve a ida do capitão castro para exercer trabalhos naquela cidade que ele muito bem sabia fazer "ou não fosse ele arquiteto" Mas o que eu queria dizer é que aquele lindo jeep que ele pra lá levou, estava obsoleto em Zau Evua. e eu e o amigo Alvaro Baião, restauramo-lo e após ameaças de colegas de que podiamos ser castigados por o alterar ligeiramente. Mas nada disso aconteceu. O capitão de certeza que tinha muito gosto no carro, porque quando eu ia a S. Salvador era um regalo v^lo passar a conduzir o jeep.

Antonio Fernandes j escreveu:

  • Já li o livro quase todo e gosto,

 

 
 
 
 

Golden Gate

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Zau Évua

Vista da parte nova do aquartelamento - ao fundo à direita ainda se vê uma pontas dos imensos morros de Zau Évua
 
 
 
Vista da "Porta de Armas"
 
Para quem por aqui (pelo blog,  porque Zau +Evua já não existe)  passar, ficar apenas com uma ideia, uma pequena ideia do que era viver neste local durante 2 anos.